sábado, 20 de novembro de 2010

Teatro Riachuelo: oásis em Natal

Tribuna do Norte

Construído dentro do Shopping Center mais movimentado do estado, o Teatro Riachuelo pretende ser um oásis. Não apenas por ser o único a abrigar mil e quinhentas pessoas sentadas, ou  4 mil em pé; sobretudo por garantir shows diversificados e  de elevado nível, como o de Roberto Carlos, previsto para abertura oficial da casa no próximo mês. E já que oásis é o termo que melhor qualifica o empreendimento, vão aqui outros dados, fornecidos durante uma entrevista coletiva, que reuniu a imprensa e representantes das empresas responsáveis pelo projeto, na tarde de ontem.

O primeiro destes dados foi o fornecido pelo ex-diretor de teatro e responsável pela construção de 60 casas de espetáculos no Brasil, Ismael Solé (da Solé & Associados). Solé disse o seguinte: “Para felicidade de Natal, este teatro foi construído aqui, mas ele poderia estar em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque ou em qualquer parte do mundo”. Isso porque o projeto do teatro é um dos mais modernos do Brasil e acolhe o que há de mais avançado em termos de tecnologia de som, iluminação e acústica.

O tratamento acústico do teatro retorna a comparação inicial. Se oásis é um lugar agradável e fértil, alocado em território hostil, não poderia faltar o isolamento de sons vindos do próprio shopping, das ruas e do estacionamento. Do contrário, quem mora no entorno, também não poderia ser incomodado com a programação do empreendimento.

E que programação. Segundo o representante da Opus, empresa responsável pela administração do teatro, Carlos Konrath, o Teatro Riachuelo já tem alguns nomes confirmados. O primeiro deles, o do Rei Roberto Carlos, que fará o show de inauguração no dia 9 de dezembro para convidados. Para felicidade dos fãs, Roberto sobe ao palco no dia seguinte, fazendo um show aberto. Foram confirmados também Vanessa da Mata, Milton Nascimento, Bibi Ferreira, Roberta Sá dentre outros representantes de uma constelação de ilustres artistas da música, das artes cênicas, orquestras, óperas, musicais e danças.

Para o diretor de patrimônio do Grupo Riachuelo, Pedro Siqueira, Natal está recebendo um grande presente e que apesar do valor investido, na ordem de R$ 50 milhões, vai atender desde o público de poder aquisitivo mais elevado, quanto a população de renda mais baixa.

Ao entrar no Teatro Riachuelo, a sensação de estar num oásis é confirmada. A iluminação é confortável e realça as cores usadas nas estampas tropicais das poltronas, o verde. Além disso, por se o projeto longitudinal, diferente do Teatro Alberto Maranhão, que é retangular, o ambiente é mais acolhedor e intimista.

Elba Ramalho

A cantora Elba Ramalho foi escolhida para afinar este grande instrumento. “Assim como um violão precisa de afinação antes de ser tocado, o teatro também necessita de ajustes”, disse Pedro Siqueira. Este é o período do chamado “soft opening”, onde paradas para ajustes são esperadas. Mas vale lembrar, que na tarde de ontem, todos os ingressos para o show de Elba, haviam sido vendidos.

Alguns números demonstram a dimensão do empreendimento: o palco mede 540,00 m², com altura que chega a 10,15m² e boca de cena com 32m de largura por 6,70m de altura. Dois elevadores sociais comportam até 13 pessoas cada um. Totalizando são 16 sanitários femininos, masculinos, unissex e adaptados aos portadores de necessidades especiais.

Foram construídos ainda cinco bem equipados camarins. Um lounge, na área de convivência, tem bar exclusivo, televisão, sofás, mesas e cadeiras. Cerca de 340 refletores serão responsáveis pela iluminação, além de 10 varas de cenário motorizadas, 23 varas de cenário contrapesadas e seis monovias laterais para movimentação de elementos cênicos.

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